quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Banda Mantiqueira sob um olhar amador...

Olá amante da boa música, seja lá qual música seja essa..

A primeira banda sobre qual falarei, é uma banda q vi tocar no ultimo aniversário de São Paulo: 
Banda Mantiqueira


Nessa noite, tocaram com a competentissima Monica Salmaso na voz, e os arranjos com uma interlocução de metais belissimos de Nelson Ayres, que também fez a guitarra.

A Banda Mantiqueira é em sua totalidade composta por músicos tecnicamente profissionais e com cada um com sua alma única influenciando o jeito de tocar.
A começar pela cozinha, Edson Alves no baixo e Lelo Izar na bateria em sintonia perfeita, caminharam por diversos gêneros de todo Brasil ali, como se nascessem lá, na Bahia de Caymmi, no Rio de Noel, Vadico, João Bosco, em São Paulo de Adoniran. Passearam pelo país com muito swing e personalidade.

Pra temperar, o som que a cozinha produz, Fred Prince e Ghello na percusão, fantasticos. Pra àqueles que tem preconceito musical, e acha que um bom percussionista, só precisa dominar a poliritmia e só, Fred Prince mostra que não é bem assim, tocando um tamborim com a delicadeza de como se tocasse uma dama com seus dedos.

Para falar dos metais, eu não posso começar por niguém mais que o “regente”, o “bandleader” da banda Mantiqueira, Nailor Azevedo, o Proveta, tocando sax tenor e clarineta com muita elegância, disciplina, sensibilidade, fora a técnica, claro, justificando o apelido, alguém com o dom pra música como ele, parece produto de laboratório de fertilidade. 
Também tocando sax tenor, clarineta e flauta doce estava Vinícius Dorin, saxofonista de uma categoria única, daqueles q mastigaram a linguagem post bop jazz, e o pronuncia com quase seu sotaque natural.
Carlos Malaquias fez o papel de segundo sax tenor, tocou na medida, fazendo o que um segundo instrumento deve fazer.
E pra terminar a primeira linha de sopros, Ubaldo Varsolato tocando sax barítono, forte poderoso “grave como um sistema de som jamaicano” como diria BNegão.

Na segunda linha de sopros, dois trombonistas, pai e filho, peixe e peixinho, José Francisco de Lima, o François e sua criação Valdir José Ferreira. O pai é um rei do trombone, no de vara, um tantão, mas no de pistão, soberano. Seu filho fez o segundo trombone, de vara, muito técnico, está no caminho certo, daqui a uns 30 anos ele supera o pai, fácil.

E pra terminar a banda, a linha de trompetes, Walmir de Almeida Gil, fazendo o segundo trompete e o flugelhorn, muito coeso, tocando com classe, só as notas necessárias, sem enfeite, isso é pra poucos. 
No primeiro trompete e flugelhorn, Naor Gomes Oliveira, brilhante, ele expira influência jazzistica, isso é nítido. 
Pra terminar a linha de trompete, tocou como convidado Rubinho Antunes, fez os solos de Iracema, Feitio de Oração, Saudosa Maloca e Ultimo Desejo, ele improvisa como alguém que que canta improvisando como alguém toca. Muito competente, já tocou com Toquinho, Mozar Terra Octetos, Jonnhy Alf durante 9 anos, Rosa Passos entre outros, pra vc sentir o calibre do sujeito.


Vou deixar a disposição o link de dois albuns da Banda Mantiqueira, um de estúdio, o BIXIGA, e um ao vivo com a OSESP ( Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo) e Luciana Souza.

É isso...





1 comentários:

Pedro Vieira disse...

Olá! Estou há bastante tempo procurando esse disco da Osesp com a Banda Mantiqueira e participação de Luciana Souza. O link não funciona mais. Será que você poderia postar novamente? Muito obrigado!

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